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Os filhos vão assumir o negócio, e agora?

Sucessão Familiar

De acordo com o SEBRAE, 90% dos negócios atualmente no Brasil são de origem familiar, em uma pesquisa realizada em 2015, esse número representa 57% de empresas originalmente familiares.

E na região do Alto Vale do Itajaí não poderia ser diferente, principalmente considerando a diversidade de modelos de negócio que temos em nossa região, falando desde o ramo industrial até a agricultura, de micro e pequenas empresas.

Quando se inicia um negócio, espera-se que ele cresça e evolua ao longo dos anos, mas nem sempre essa é a realidade, e quando se trata da transição de gestão dentro da própria família é fundamental que se tenha uma boa estrutura e um plano definido para que a saúde do negócio não saia prejudicada.

Mas a realidade é que em Santa Catarina apenas 11% dessas mesmas empresas possuem um plano de sucessão estruturado e estão preparadas para essa mudança.

É natural que com o passar do tempo os negócios passem por mudanças: pessoas, processos ou ambiente de trabalho, mas nem sempre essas mudanças são vistas com bons olhos.

Quando se trata de mudança de gestão é comum que os demais colaboradores também sejam surpreendidos, e muitas vezes, fiquem apreensivos com o acontecimento.

O papel da gestão é essencial nesse processo, e ainda mais importante, é que quando se trata de uma sucessão de pai para filho que os assuntos familiares sejam separados dos assuntos profissionais.

Separamos aqui dois casos famosos e distintos, um em que o processo de sucessão foi planejado e bem sucedido, e o outro em que a situação foi inversa.

Case Perdigão

A empresa Perdigão, fundada em 1934, passou por uma mudança em sua gestão alguns anos atrás, já estava bem consolidada e com bons resultados quando seu controlador — e um dos criadores da marca —, Saul Brandalise, faleceu. Com o acontecimento trágico e inesperado, a empresa passou para o controle do filho mais velho, Saul Brandalise Jr. Apesar de participar da gestão desde 1980, ele mesmo admitiu, em entrevista, que não “mereceu” o negócio. O resultado foi a venda da organização para um grupo de acionistas apenas um ano depois da morte de seu fundador.

Se você ficou curioso para saber um pouco mais sobre esta história, pode acompanhar a entrevista completa pelo link: https://bit.ly/3mnsnYR

Case Livraria Cultura

A livraria que iniciou na década de 40 com Eva Herz e a ideia de alugar livros aos alemães que estavam abrigados no Brasil, decolou ao longo das décadas até se tornar o que é hoje, uma referência no mercado de livrarias brasileiro. Em meio a estes anos de história, as mudanças dentro do negócio foram inevitáveis, e uma delas foi a passagem da diretoria da empresa para o neto, Sérgio Herz. O processo não foi fácil, de acordo com o próprio Sérgio, que mesmo tendo trabalhado desde os 15 anos no negócio da família e atuando em todas as áreas possíveis da empresa, diz ter sido um aprendizado enorme ao tomar conta de uma empresa em crescimento.

Para saber mais também sobre o processo de sucessão, acompanhe aqui neste link: https://bit.ly/2PEh3eU

Ambos os exemplos mostram casos em que o negócio permaneceu na família, passado de geração em geração, mas o que é possível aprender com eles? Separamos algumas dicas aqui para você!

Desenvolvimento do herdeiro: O herdeiro precisa desenvolver os conhecimentos, as habilidades e as atitudes necessários para liderar o negócio da família. Algumas pessoas tentam realizar o estudo por conta própria, aprendendo dentro da empresa familiar. Porém, só isso não basta. Uma formação de nível superior será determinante para que você consiga conduzir o negócio.

Planejamento: um processo de sucessão quando bem planejado permite que todos os envolvidos estejam preparados para a mudança. Os herdeiros de negócios familiares carregam uma grande responsabilidade, além da comparação com os feitos passados. Essa expectativa pode dificultar o processo, principalmente em relação à cobrança de ser bem-sucedido.

Experiências: é importante que o futuro gestor assuma posições em diferentes setores da organização. O sucessor precisa conhecer o negócio de ponta a ponta, bem como as pessoas que terão de ser envolvidas e engajadas por sua liderança para que a empresa alcance seus objetivos. O processo precisa ser gradual e acompanhado por todos os envolvidos nos setores da empresa, assim é mais indicado negociar uma parte das responsabilidades de gestão, depois outra e outra, até a transição completa.

Rede de apoio: Sejam mentores, apoio da própria família ou buscando ajuda de um profissional de fora, é importante que toda a gestão tenha uma rede de apoio para superar os desafios. É importante que o herdeiro esteja maduro quando chegar o momento da sucessão familiar, e a vivência de mercado será determinante para oferecer a experiência e a prática profissional, desenvolvendo principalmente o lado comportamental.

Aqui na Pró Mais Gestão temos especialistas que podem te ajudar nesse processo, com materiais, mentoria, apoio à gestão do negócio, estamos preparando um Workshop exclusivo sobre o tema, confira em nossa agenda e faça contato conosco para saber mais informações!

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